5 curiosidades sobre a mística da cidade de San Agustín, Colômbia

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O Parque Arqueológico de San Agustín na Colômbia é parada obrigatória para quem curte arqueologia, ele fica na vila de San Agustín, um dos principais sítios arqueológicos da Colômbia.

San Agustín na Colômbia

A região foi habitada por culturas pré hispânicas Agustina há mais de 3.500 anos, que deixaram um legado desconhecido com estátuas gigantes espalhadas pela região, que segundo informações, esses lugares formam um geometria perfeita onde suas figuras se olham de um lugar para outro. A força dessas representações talhadas em pedra nos faz acreditar que realmente eram sagradas e representavam algo muito maior, que mal podemos imaginar. A El Chaquira é uma das mais intrigantes pois ela olha fixamente para uma montanha a sua frente, em uma região ainda não explorada mas que nativos e arqueólogos acreditam ter várias outras esculturas.

1. El Chaquira

El Chaquira é considera por muitos, a força secreta da vida, a Deusa que honra o sol nascente.

San Agustín na Colômbia

2. Parque Arqueológico de San Agustín

O Parque Arqueológico de San Agustín, já foi palco de homenagens feitas à Terra por indígenas da região.

San Agustín na Colômbia
Doble Yo – Representação de um guerreiro guardião. Com o pênis exposto representa um ser duplo (corpo de homem e cabeça de um felino). Seu poder simbólico integra o masculino e o feminino, sendo uma representação de um ser mágico.

3. Parque Arqueológico de San Agustín – Lavapatas

Em Alto Lavapatas faziam cerimônias sagradas com banhos ritualísticos aos bons espíritos, a família, ao amor e ao céu. As mulheres da época faziam seus partos dentro água, fonte da vida.

San Agustín na Colômbia

4. Parque Arqueológico de San Agustín na Colômbia – Alto de los Ídolos

Alto de los Ídolos encontram-se várias figuras xamânicas e de mulheres grávidas. E em Alto de las Piedras encontra com El Doble Yo, com característica de antropomorfismo que dizem representar a dualidade do corpo e da alma, sendo um símbolo de proteção.

5. Junção do masculino e o feminino

Nas especulações feitas sobre as estátuas é possível perceber o dualidade marcante na cultura, contendo os opostos em uma mesma imagem ou pares que parecem se completarem.

“… ao lado estão as representações femininas, do outro masculinas…” (Duke , 1964)

“Esta característica se expressa em figuras como a “deidade solar”, que contém ambos os sexos: o masculino na representação natural e o feminino simbolizada pela boca felina … ” (Gamboa, 1982)

“… com o mesmo sentido dualista de direção, de cima para baixo, temos as representações da águia e da serpente expressando o céu ea terra, o racional e o instintivo, a luz e as trevas …” (Gamboa, 1982)

“A oposição norte-sul correspondem a pares de oposição masculino-feminino, de baixo para cima, verão e inverno … ” (Llanos, 1995)

É nítido que eram uma cultura politeísta, que certamente cultuavam um panteão feminino da Deusa Lua, da Deusa da Terra, da Deusa dos Partos e a Deusa da Morte. Assim como o panteão masculino representado pelo Deus do Sol, Deus do Milho, Deus da Guerra. Não se pode afirmar a influência de uma sobre a outra, já que seus elementos individuias estão mesclados em um só lugar.

E as perguntas são infinitas, dessa antiga civilização que não deixou registros escritos. De onde vieram? Como foram exterminadas? Como construíram estátuas que pesam até 12 toneladas? Porque com tamanho domínio e manejo com a pedra não construíram habitações permanentes como os incas e os tayoronas? Uma cultura predominante patriarcal de uma religião solar? Ou matriarcal de religião lunar?

Referencias bibliográficas: Castro, Ana maría.
Una lectura de género de la estatuaria de San Agustín, Huila, Colombia.
Brasiliense, turismóloga, blogueira, mulher medicina, admiradora das brincadeiras populares e dos simbolismos étnicos. Sol e lua em sagitário, adora banana, cachoeiras, rios e mar. Não viaja sem seus óleos essenciais, não recusa um convite para dançar e acredita que o abraço cura.

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